Como começou a vossa paixão?

Ora mais um tópico para o pessoal poder indicar o que o fez despertar para o mundo das máquinas de pinball e sobretudo o que o move a continuar.
De certa forma é tentar-mos contar aos demais o significado da nossa paixão .

Vou começar eu e faço-o num novo post para não se tornar confuso a ideia inicial deste tópico.

Ora bem, sempre fui mais virado para máquinas de vídeo que de pinball, tirando a Mundial 90 e a Corsário, ambas da Inder, pouco joguei em máquinas de pinball. Essas duas foram e ainda são as ex-libris das máquinas de pinball lá da minha zona (Cabeceiras de Basto).
O facto de os salões de jogos antigamente serem o ponto de encontro e sobretudo o local onde o pessoal passava o tempo livre era realmente um factor decisivo para ficar com o bichinho das máquinas.

Tal como disse sempre fui mais virado para as máquinas de vídeo, mas recentemente quando me dediquei a tentar encontrar uma máquina de vídeo para minha casa deparei-me com a America 1492 que me foi oferecida juntamente com as máquinas de vídeo. Quase instantaneamente se tornou evidente que as máquinas de pinball eram muito mais interessante que as máquinas de vídeo.
De certa forma a máquina de vídeo tem uns PCB´s, um ecrã, meia dúzia de fios para os botões e pouco mais. Já a máquina de pinball tem uma diversidade de mecanismos ímpar, montes de fios e sobretudo uma lógica de funcionamento realmente fenomenal.
Quase que posso dizer que foi paixão à segunda vista .

Os meus primeiros passos neste mundo foram dados com a America 1492, tive ajuda em alguns fóruns como o extinto Marcianitos (Espanhol), Aussie Arcade (Australiano) e sobretudo algumas dicas e correcções preciosas por parte do EM_PinballArcade.

A vontade de conseguir amealhar tudo e mais alguma coisa relacionado com isto (máquinas em si hehe) foi crescendo de forma muito rápida mas acabou por ficar travado por primeiro, falta de espaço e segundo por falta de dinheiro para investir em máquinas em relativo bom estado. Tal como o EM_PinballArcade e o Vtec sabem, tenho acesso de forma gratuita (quase de certeza) a algumas máquinas que tal como aconteceria com a America 1492 apenas serviriam para peças ou para o lixo, mas eu... penso de forma diferente.

Tenho uma visão para além do óbvio restauro / manutenção e penso ser isto que mais me motiva neste mundo pinbaleiro.

Se a máquina em si está em tão mau estado, seja por lhe faltar peças ou por as mesmas serem demasiadamente caras e não justificarem o investimento, seja por ser de difícil restauro eu penso que não se a deve deitar e muito menos canibalizar a mesma. Eu até admito que pode parecer um pouco estúpido mas penso assim.

Mas pronto, resumindo um pouco, a minha paixão é movida pela beleza visual das máquinas e pela sua mecânica de jogo.
Mas cuidado que não é preciso ter uma parafernália de mecanismos (muitas rampas, luzes, etc.) para eu considerar uma mecânica de jogo interessante. Até a máquina com o jogo mais banal tipo as EM são sem dúvida uma preciosidade quando vemos a mecânica que possuem para que o jogo funcione.

O perceber como as coisas funcionam é realmente muito aliciante e isso veio-me despertar o desejo de tentar salvar algumas máquinas com o destino traçado para a lixeira. Para tal tenho "sonhado" muito com a possibilidade de criar tanto um PCB de driver´s suficientemente genérico que com apenas algumas alterações possa servir para diversas máquinas, bem como uma interface para tornar o controlo dos diversos mecanismos do jogo funcionais e interactivos.
Podem dizer que isso não é assim tão simples e que até já existem algumas soluções no mercado e que as mesmas são altamente complexas para que um simples "curioso" consiga fazer algo similar. Tenho de concordar mas posso responder que como é óbvio não anseio fazer nada tão complexo mas sim algo mais simples e que também já o foi conseguido por outros curiosos.

Desde pequeno que sempre fui inventista (mistura de inventor e cientista) e como tal, quando não se tem dinheiro para se ter o bom, vai-se ao mau e tenta-se fazer uns brilharetes hehe.

Boa noite. Conforme já relatado parcialmente noutros tópicos, a minha paixão pelo pinball veio dos tempos em que neles jogava, em meados dos anos 70 (75,...) e era completamente vidrado nas máquinas, que para mim eram uma novidade (penso que até 1974 não eram permitidas, ou então de uso muito restrito). De repente começam a aparecer em tudo o que é café, salão de jogos (que haviam aos montes) e então tudo o que era máquina velha foi comprada no estrangeiro pelos operadores e vinha para cá. Nos meus períodos de férias grandes, passava algumas temporadas na zona de Coimbra, Figueira da Foz e Mira e joguei em cada máquina que só visto. Hoje em dia sei que eram autenticas preciosidades: máquinas americanas dos anos 50 e 60. Raramente aparecia uma que fosse dos anos 70 (só o sei hoje. Na altura, para mim era tudo igual). O que eu não dava para ter essas máquinas hoje... Williams Turf Champ, Gottlieb Grand Slam e muitas outras que esqueci.
Depois começaram a aparecer as espanholas, novas! Icarus, Underwater, Poker Plus, Space Race, Tasty Samba, enfim uma infinidade delas. Lembro-me de todas.
No entanto, em 79/80, com a mudança das prioridades da vida, tropa, trabalho, casamento, foram-se as idas aos salões de jogos. Estavamos na epoca das solid state de primeira geração (sempre espanholas): Space Gambler, Big Town e das congéneres portuguesas da Irmacor.
A partir daí desliguei-me completamente dos pinballs. Nunca mais vi nem joguei em nenhum. Passaram-me completamente despercebidas as evoluções que entretanto tomou.
Até que no final de 1992, quando mudei para uma casa nova, com mais espaço, resolvi fazer na cave um salão de convívio, com bilhar e... ideia luminosa: "...e se eu encontrasse um flipper antigo para pôr aqui?"
Comecei a procurar, mas nada! Nem um me aparecia. Até que já em desepero, fiz uma ultima tentativa pela lista telefonica e atendeu-me um senhor (que hoje ainda somos amigos) que me disse.."sim, tenho muitas. Um armazem cheio..." Nem podia acreditar.
Fui lá com ele e era a caverna de Ali Baba. Flippers empilhados até ao tecto. Dezenas deles.
Na altura, sem saber bem o que queria, trouxe 3, mas a partir daí... vê-se.
Infelizmente, pouco depois esse armazem (que era cave) teve uma inundação e foi tudo para o lixo. Não se aproveitou nada.
E assim, resumidamente, foi como tudo começou para mim...

Olá a todos,

A minha aproximação aos flippers começa na década de 80, década em que já reinavam as SS e como tal pouco contacto tive com EM's, senão algumas que havia numa empresa da época que era mesmo na rua onde morava, desde miúdo portanto, tive sempre em contacto com as máquinas de flippers que aqueles senhores tinham para meter na exploração.

Rondavamos por alí com a nossas brincadeiras de miúdos e de vez em quando lá havia um técnico que nos deixava entrar e dar uma vista de olhos nas máquinas, como não podia ainda frequentar salões de jogos, contentava-me a ver, mas com uma enorme vontade de jogar, um dia lá consegui que me deixassem jogar um pouco, foi engraçado porque eramos cerca de 8 ou 9 miúdos de volta deles a chatear para jogar e tanto insistimos que lá nos deixaram jogar, como eramos pequenos, até nos arranjaram um banco para estarmos mais altos, puseram uma máquina só para nós jogarmos naquela tarde, a máquina era uma "Space Shuttle" da Williams, isto em meados de 86 ou 87.

Tardava ainda até poder entrar em salões, mas muitas máquinas conheci nesta altura, entretanto a partir 89/90, já era mais crescidote e lá se começava a entrar nos salões, sempre à coca para não sermos apanhados, parece que estou a ouvir o Sr. Varzim a dizer ..."olh'ós géninhos"... e o pessoal punha-se todo na alheta pela porta contrária, era o que valia... o salão tinha duas entradas e quando se via o jipe a estacionar de um lado os putos saíam pelo outro, bem pelo menos até ao dia de sermos agarrados e ir tudo parar os "posto" e ficarmos à guarda do Sargento Dias, o terror lá da zona, ao fim de umas horas de seca lá nos deixou ir embora, o pior é que o "posto" ficava a uns 5km de casa e para lá fomos de jipe, para casa viemos a penaltyes, enfim uma de muitas peripécias que passavamos para jogar flippers, quando veio a maior idade... ninguém mais me agarrou, nem saía de lá... belos tempos.

Por ser nesta altura que mais podia jogar, o meu gosto pessoal centra-se nas máquinas com Dot Matrix Display, embora tenha jogado bastante em máquinas de Digit Display, as melhores mesmo foram as Dot, na altura havia escolha entre flippers, videogames, simuladores... era uma loucura, por isso nem consigo imaginar a era das EM's devia ser simplesmente magnífico.

Agora tenho as minhas máquinas, mas sinceramente, nunca há-de ser a mesma coisa...

Bem o meu primeiro contacto com as maquinas de todos os tipos foi desde sempre.

Eu era o puto da geração seguinte e todos os da geração anterior andavam na casa dos 16-24numa familia de 10 rapazes e 4 miudas.
Como é de calcular na altura eu ia para todo o lado com eles (esqueci de dizer que aos 4 anos já tinha direita a ter uma cadeira no central para chegar aos flippers).
Enquanto o pessoal se batia nos matrecos, snoker, ping-pong, bilhar ou arcade, eu para ficar quieto metiam moedas e deixavam-me a bater nos flippers.

Depois veio a altura da escola e do 7 ao 9 era mais arcade e snoker que era o que havia no café do farrusco perto da escola, claro que o não ter idade também não interessava pois eramos colegas de turma do filho do dono.

A seguir foi o salão de jogos do ti manel no fogueteiro, com flippers e muita arcade (shinobi, drago ninja, autorun, ente muitos outros).

A Guns e a star foram das ultimas jogadas no café e o pessoal estava sempre a tentar fazer o melhor score que o outro e a tentar os extras.

Claro que não se pode esperar muito mais do que sempre que possível eu jogue nos flippers, uma das minhas maquinas favoritas é o star gate e gun's n Roses.
Também adoro um bom jogo de matrecos ou snoker, tenho o meu pequeno sistema arcade, so falta os manipolos e botões (de momento jogamos mesmo com teclado).

E a um ano comessei a pensar em adquirir a minha própria maquina, agora ja so penso em quantas consigo por em casa (claro que com a maria a supervisionar e sempre com a sua aprovação), de momento tenho tido e dificuldades em arranjar um meio de transporte barato para as trazer de fora(se alguem tiver algum conhecimento diga).

A parte melhor foi mesmo o meu filho adorar jogos de flippers e de vez em quando vamos a Costa da Caparica ele vai logo fazer uns joguitos.
Támbem tem ajudado na reparação da maquina e na construção da arcade.

Vivi muitos anos na Cruz de pau, ainda me lembro quando ao domingo de manhã ia correr até corroios, jogava uns jogos no salão de jogos que existia na EN1 junto à paragem de autocarros central (já não deve ser do teu tempo), para descansar, e lá voltava a correr novamente para a cruz de pau.

A história que vais ver escrita por mim noutro tópico, passava-se no salão de jogos que havia no c.c. nina na Cruz de pau, deves conhecer pq durante muito tempo foi o local com único cinema que havia mais perto de ti (depois de ter fechado o de corroios (Que também não deve ser do teu tempo).

Cada vez que falo assim parece que tenho uns 60 anos...

Não e na EN! mas na EN 10, e sim era esse mesmo, belos tempos.
E claro que no nina foi mais tarde quando andava no fogueteiro.
Iamos ao cinema, comiamos o belo do croissain de ovo bem quentinho e depois uns jogos na sala.
O cinema do Ginásio Clube de Corroios foi do meu tempo e bem.
Cheguei a pertencer a organização de eventos mas a sala já não funcionava.
Não te esqueças que tenho quase 37 anos.
vivi iso tudo.

Pois esqueci-me dum zero, vai na volta até me conheces era dos maiores bandidos da Cruz de pau.

É possivél.
Eu ainda por cima estudei ai bem perto 2 anos. Na Escola Secundária do Fogueteiro.
Ai mais perto na altura tirando o do Nina tinha também um ca embaixo onde fica a rotunda das Paivas que fica no meio de uns predios.